Segundo ONG, 46 pessoas foram detidas em todo o país em manifestações deflagradas após o anúncio da reeleição do presidente chavista para um terceiro mandato. Governistas convocam protesto pró-Maduro, que fala em 'tentativa de desestabilização da Venezuela'.
Quatro pessoas morreram e outras 44 ficaram feridas durante as manifestações que tomaram ruas de diversas cidades da Venezuela desde segunda-feira (29), segundo ONGs que atuam no país.
Os manifestantes protestam contra o resultado que indicou vitória do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após uma eleição tensa no fim de semana. A oposição e a comunidade internacional pedem a divulgação das contagens completas dos votos, em um processo que Maduro chamou de "tentativa de desestabilização" do país.
María Corina Machado e Edmundo González, da oposição, protestaram junto a uma multidão em frente à sede da Organização das Nações Unidas (ONUem Caracas na tarde desta terça (30). Durante o ato, a principal opositora de Maduro reiterou que González venceu com 70% dos votos.
"Devemos agir de maneira pacífica. Não devemos cair nas provocações que eles (aliados do governonos colocam. O que eles querem é fazer os venezuelanos se enfrentarem. Conseguimos que Edmundo (Gonzalezobtivesse 70% dos votos. Unimos um país; venezuelanos que antes acreditavam no chavismo estão conosco hoje”, disse Corina Machado.
Segundo a ONG Pesquisa Nacional de Hospitais, que monitora a crise hospitalar e centros de saúde da Venezuela, uma das mortes ocorreu em Caracas, outras duas em Aragua, no centro do país, e uma quarta na região de Yaracuy, no noroeste.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, pelo menos 749 pessoas foram detidas em protestos no país contra Maduro desde as eleições, no domingo (29).