Para o vice-presidente, o aumento das taxas não tem sentido
O vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin, falou à BandNews TV sobre as taxações de 50% impostas pelo presidente americano Donald Trump ao Brasil, sobre as medidas que o país pode tomar referente a elas e sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros sustentáveis. Ele ainda abordou o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, além da situação entre governo federal e Congresso em relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Tarifas de 50%
Alckmin iniciou a conversa falando que o governo irá trabalhar para reverter as questões tarifárias impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, ao Brasil.
Ele também destacou que “o Brasil não é um problema para os Estados Unidos”, pois o americanos têm superávit com o Brasil, tanto na balança comercial de bens quanto na de serviços, com um superávit de US$ 25 bilhões em 2024.
Alckmin também falou sobre os produtos exportados entre os países, afirmando a boa integração produtiva entre eles. “Dos dez produtos que os Estados Unidos mais exportam para o Brasil, oito não pagam impostos”. Ele também destacou que o Brasil é o terceiro maior comprador de carvão siderúrgico americano para a produção do aço, que após ser feito semi-elaborado, é vendido aos Estados Unidos para que façam o aço elaborado de motores e máquinas.
Posicionamento de Tarcísio de Freitas
O vice-presidente falou sobre os últimos posicionamentos do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre a questão tarifária entre Brasil e Estados Unidos.
Nesta semana, Tarcísio criticou e responsabilizou o governo federal pelas tarifas impostas por Donald Trump, e nesta sexta-feira (11), anunciou estar em contato com o encarregado de negócios dos Estados Unidos para falar sobre a questão da indústria e do agronegócio de São Paulo em meio à situação.
Sobre isso, Alckmin afirmou que não foi procurado para participar da conversa entre o governador e o representante americano. Além disso, lamentou o momento em que Tarcísio colocou o boné de Donald Trump, pois “o estado de São Paulo e a economia paulista serão os mais prejudicados pelo aumento das tarifas”.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço ainda disse que, para ajudar, prefere saudar Tarcísio, pois ao falar do estado de São Paulo, é necessário “encontrar o caminho de damasco [uma mudança de perspectiva] para rever as posições.”
FONTE: BANDNEWS.COM.BR